quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Igreja e Convento Nossa Senhora dos Anjos





O Convento Nossa Senhora dos Anjos, localizado no centro histórico de Penedo, é aberto ao público e abriga obras de arte sacra barroca, imagens e altares, além do próprio prédio de arquitetura colonial belíssima.

O Altar-mor foi esculpido em cedro e revestido em ouro, estilo barroco rococó do século XVIII. O forro da igreja representa Nossa Senhora dos Anjos e foi pintado por Libório Lázaro Leal em 1784.

Os Franciscanos chegaram ao Brasil juntamente com os descobridores. Coube a Frei Henrique de Coimbra celebrar a primeira missa na "Terra da Santa Cruz". O maior contingente missionário, porém, aqui chegaria em fins do século XVII. Começava, então, a pregação missionária itinerante.
Em 1657 a Província Franciscana de Santo Antônio recebeu um pedido da população do Penedo para que os filhos de São Francisco aqui se estabelecessem. O pedido foi aceito e, no dia 19 de março desembrarcaram os primeiros Franciscanos às margens do Rio São Francisco.
Logo cuidaram de edificar um "Recolhimento", e, no dia 04 de outubro de 1682, lançaram a primeira pedra do atual Convento de Nossa Senhora dos Anjos.
A construção não foi feita de uma vez só. Houveram etapas, tanto no convento, como na igreja. Daí por que existem diversas datas gravadas em diversos lugares: faxada, portaria, claustro, etc...
Com a proíbição régia (1764) de as Ordens Religiosas receberem noviços, os frades foram diminuindo e os conventos ficando vazios. O Convento de Penedo ficou fechado entre os anos de 1883 a 1893. Naquele ano, chegou a Penedo Frei Antônio de São Camilo de Lellis, o qual reabriu o Convento de Nossa Senhora dos Anjos. Os franciscanos da Saxônia (Alemanha) acabaram de assumir a restauração da Província de Santo Antônio do Brasil. De lá, até nossos dias, a presença franciscana em Penedo jamais deixou de acontecer.
O convento é de estilo colonial e construído dentro dos padrões da época. O seu claustro (1786) é amplo e elegante. o mausoléu, que nele se encontra, é de um casal benfeitor do Convento e ali está desde 1902. Merece ser mencionada a escadaria de pedra(degraus e abóbada), ao lado da sacristia, que liga o andar térreo ao 1º andar. É interessante, também, conhecer a chaminé cônica que existe na cozinha do convento, foi criado um museu nas dependências do convento.

Localização:
Praça Frei Camilo de Lellis, 218 Centro
Penedo-Alagoas 572000-000
Fone:(082)3551-2279

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Teatro Amazonas


O Teatro Amazonas é um belo teatro brasileiro, o segundo maior da Amazônia – superado apenas pelo Teatro da Paz, em Belém). O teatro, inaugurado em 1896, é uma das expressões mais significativas da riqueza criada na região, durante o ciclo da borracha.
A história do inicia-se em 1881, quando o deputado A. J. Fernandes Júnior apresentou o projeto para a construção de um teatro em alvenaria, na cidade de Manaus. A proposta foi aprovada pela Assembléia Provincial do Amazonas e começaram as discussões a respeito da construção do prédio. Manaus, que vivia o auge do ciclo da borracha, era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza advinda do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias européias e americanas. A cidade necessitava de um lugar onde pudessem se apresentar as companhias de espetáculos estrangeiras e a construção do teatro, assim, era uma exigência da época.
O projeto arquitetônico escolhido foi o de autoria do Gabinete Português de Engenharia e Arquitetura de Lisboa, em 1883. No entanto, em meio às discussões a respeito do local para a edificação e os custos da obra, a pedra fundamental só foi lançada em 1884. As obras transcorreram de forma lenta e somente no governo de Eduardo Ribeiro, no apogeu do ciclo da borracha, a construção tomou impulso. Foram trazidos arquitetos, construtores, pintores e escultores da Europa para a realização da obra. A decoração interna ficou ao encargo de Crispim do Amaral, com exceção do salão nobre, área mais luxuosa do prédio, entregue ao artista italiano Domenico de Angelis.
O teatro foi finalmente inaugurado no dia 31 de Dezembro de 1896.
A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a platéia e os três andares de camarotes. No salão nobre, com características barrocas, destaca-se a pintura do teto, denominada “A Glorificação das Bellas Artes na Amazônia”, de 1899, de autoria de Domenico de Angelis. Destacam-se os ornamentos sobre as colunas do pavimento térreo, com máscaras em homenagem a dramaturgos e compositores clássicos famosos, como Ésquilo, Aristóphane, Moliére, Rossini, Mozart, Verdi e outros. Sobre o teto abobadado estão afixadas quatro telas pintadas em Paris pela Casa Carpezot – a mais tradicional da época -, onde são retratadas alegorias à música, dança, tragédia e uma homenagem ao grande compositor brasileiro Carlos Gomes. Do centro, pende um lustre dourado com cristais, importado de Veneza, que desce até ao nível das cadeiras para a realização de sua manutenção e limpeza.
Destaca-se, ainda na sala de espetáculos, a pintura do pano de boca do palco, de autoria de Crispim do Amaral, que faz referência ao encontro das águas dos rios Negro e Solimões. O teatro possui diversos ambientes, concebidos com diferentes materiais, daí ser considerado um espaço sobremaneira eclético. É, sem dúvida, o mais importante prédio da cidade, não somente pelo seu inestimável valor arquitetônico, mas principalmente pela sua importância histórica, uma prova viva da prosperidade e riqueza vividos na fase áurea da borracha. O teatro é referência para espetáculos regionais, nacionais e internacionais. Já passaram pelo palco do Teatro Amazonas.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dia dos Pais


Dia dos Pais (no Brasil) ou Dia do Pai (em Portugal) tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.

História

Nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar um dia dedicado aos pais em 1909, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o "Dia dos pais".

Comemoração

Seguindo a tradição, nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal é comemorado a 19 de Março.

No Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto. No país a implementação da data é atribuída ao jornalista Roberto Marinho, para incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, o faturamento de seu jornal. A data escolhida foi o dia de São Joaquim, sendo festejada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953.

Países que celebram no terceiro domingo de Junho

África do Sul
Argentina
Canadá
Chile
Colombia
Costa Rica
Cuba
Equador
Eslováquia
Estados Unidos
Filipinas
França
Hong Kong
Holanda
Índia
Irlanda
Japão
Macau
Malásia
Malta
México
Paraguai
Peru
Reino Unido
Turquia
Uruguai
Venezuela

Países que celebram em outras datas

Alemanha: 40 dias depois do domingo de páscoa, no Dia da Ascensão (Christi Himmelsfahrt)
Áustria: segundo domingo de Junho
Austrália: o primeiro domingo em Setembro
Bélgica: dia de São José (19 de Março), e o segundo domingo em Junho ("Secular")
Brasil: segundo domingo de Agosto
Bulgária: 20 de Junho
Dinamarca: 5 de Junho
República Dominicana: último domingo de Junho
Coréia do Sul: 8 de maio
Lituânia: o primeiro domingo de Junho
Nova Zelândia: o primeiro domingo de Setembro
Noruega, Suécia, Finlândia, Estônia: segundo domingo de Novembro
Polônia: 23 de Junho
Portugal, Angola, Espanha, Itália, Cabo Verde, Andorra e Listenstaine: 19 de Março
Rússia: 23 de Fevereiro
Tailândia: 5 de Dezembro, dia do nascimento do rei Bhumibol Adulyadej
Taiwan: 8 de Agosto

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Império do Brasil


O Império do Brasil foi o Estado brasileiro existente entre 1822 e 1889, tendo a monarquia constitucional parlamentarista como seu sistema político. Precedeu a República dos Estados Unidos do Brasil, depois e atualmente, República Federativa do Brasil. Foi governado por um dos ramos da Casa de Bragança, conhecido como família imperial brasileira e constituiu o 11º maior império da história da humanidade[3]. Teve seu início após a declaração da independência em relação ao reino unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 7 de setembro de 1822, e seu fim após o golpe de Estado militar que instaurou a forma republicana presidencialista, em 15 de novembro de 1889. Foi dividido em dois períodos e uma regência: o Primeiro Reinado, que se iniciou em 7 de setembro de 1822 e teve por fim quando D. Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831, iniciando, então, o período regencial, no mesmo ano, pois o príncipe imperial ainda era uma criança, e o Segundo Reinado, que foi iniciado em 23 de julho de 1840, com a declaração de maioridade e aclamação de D. Pedro II, e perdurado até a proclamação da República brasileira, em 15 de novembro de 1889. Este período da história do Brasil é denominado, tradicionalmente pela historiografia, como "Brasil Império", "Brasil Imperial" e "Brasil Monárquico".

A fábula conta:

No dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, Pedro de Bragança tomou conhecimento de ordens vindas da corte portuguesa para que ele abandonasse o Brasil e fosse para Portugal ou então seria acusado de traição, com isso irritado bradou Independência ou Morte!, e assim desligou o Brasil de Portugal definitivamente. Em 12 de outubro de 1822, foi aclamado "Imperador Constitucional" e "Defensor Perpétuo do Brasil". Em 1º de dezembro do mesmo ano, realizou-se a cerimônia de coroação e sagração.

Após a guerra da independência, em 1822, o título de príncipe do Brasil foi desvinculado do herdeiro presuntivo ao trono português (ver príncipe do Brasil (Brasil), passando esses a usar somente o título de duque de Bragança e Príncipe Real de Portugal, este último criado após a desvinculação. Nomeadamente, Dom Pedro I do Brasil foi o último a deter os títulos de duque de Bragança e príncipe-regente do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves, este último por um curto período pouco antes da independência. Dom Pedro, por sua vez, inicia a linhagem de imperadores do Brasil a partir de sua coroação como imperador do Brasil na Capela Imperial, Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1822. Contudo, apesar dos títulos de príncipe do Brasil, príncipe imperial do Brasil e príncipe do Grão-Pará vicejarem até os dias de hoje, apenas D. Pedro de Bragança e seu filho, Dom Pedro II, detiveram o trono imperial.

Após a abdicação de Dom Pedro I ao trono, inicia-se o período regencial, que vigorou até que Dom Pedro II ascendesse ao trono por meio do Golpe da Maioridade.

Primeiro Reinado (1822-1831)

Ao chegarem na cidade de São Paulo no final da noite de 7 de setembro de 1822, dom Pedro e seus companheiros de viagem espalharam a notícia da Independência do Brasil em relação a Portugal. O príncipe foi recebido com grandes festas populares e chamado tanto de "Rei do Brasil" quanto de "Imperador do Brasil". Dom Pedro retornou ao Rio de Janeiro em 14 de setembro e nos dias seguintes os maçons espalharam panfletos (escritos por Joaquim Gonçalves Ledo) que sugeriam que o Príncipe fosse aclamado Imperador Constitucional. Em 17 de setembro o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, José Clemente Pereira, enviou as demais Câmaras do país a notícia de que a Aclamação ocorreria no aniversário de dom Pedro em 12 de outubro.[6] No dia seguinte foram criadas a nova bandeira e armas do Reino do Brasil. A separação oficial do país ocorreria somente em 22 de setembro de 1822 em carta escrita por dom Pedro a seu pai. Nela, dom Pedro ainda se intitula Príncipe Regente e seu pai é considerado o Rei do Brasil independente.

A animosidade entre os Bonifácios e os Liberais apenas cresceu após a declaração formal de Independência. Ambos os grupos possuíam interesses completamente opostos e percebiam no outro uma ameaça inevitável. Os Bonifácios defendiam a existência de uma monarquia forte, mas constitucional e centralizada, para assim evitar a possibilidade de fragmentação do país, e pretendiam abolir o tráfico de escravos e a escravidão, realizar uma reforma agrária e desenvolver economicamente o país livre de empréstimos estrangeiros.[10] Acreditavam que era um momento histórico onde poderiam sanar os vícios da sociedade brasileira recriando a nação. Poderiam assim tornar o Brasil um país igualitário onde todos os segmentos da sociedade, inclusive os índios e negros, fariam parte.[11] Contudo, José Bonifácio se opunha à democracia, pois imaginava que o povo brasileiro ainda não estava preparado para a mesma. Defendia ser obrigação da elite letrada civilizar o restante da população pouco educada.[12] O fim da escravidão seria o primeiro passo para tanto, pois era um requisito necessário para a criação de um Estado moderno.[13] Os Liberais, por outro lado, desejavam justamente o oposto dos Bonifácios.[14] O pretexto para o conflito entre os ambos os grupos surgiu quando o liberal João Soares Lisboa publicou num jornal a alegação de que dom Pedro teria afirmado aceitar a forma republicana de governo se os brasileiros assim o quisessem. José Bonifácio considerou subversiva a atitude do jornalista e ordenou-o que se retirasse do Rio de Janeiro.[6] Em 21 de setembro Bonifácio convenceu dom Pedro a proibir as reuniões das lojas maçônicas enquanto as investigações sobre uma possível conspiração republicana estivessem ocorrendo. O Príncipe não aprovou as medidas de Bonifácio por considerá-las arbitrárias e não apenas perdoou João Soares Lisboa como também permitiu o pleno funcionamento das lojas maçônicas apenas quatro dias depois.[15]

Em 12 de outubro de 1822, no Campo de Santana (mais tarde conhecido como Campo da Aclamação) dom Pedro foi aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Era ao mesmo tempo o início do reinado de dom Pedro e também do Império brasileiro.[16] Entretanto, o Imperador deixou claro que apesar de aceitar a coroa, caso dom João VI retornasse ao Brasil, deixaria o trono em favor de seu pai.[17] A razão pelo título imperial derivava-se do fato de que Rei significaria simbolicamente uma continuação da tradição dinástica lusitana e do temido absolutismo. Enquanto Imperador derivara-se de uma aclamação popular tal qual na Roma Antiga, ou seja, do desejo dos brasileiros. Assim, seria reforçado o aspecto constitucional da monarquia brasileira com o pacto entre a sociedade e o Imperador.[18] Os liberais liderados por Gonçalves Ledo pressionavam dom Pedro a demitir Bonifácio e seus ministros desde a perseguição iniciada pelo artigo de João Soares Lisboa. Em 27 de outubro José Bonifácio se demitiu, mas uma manifestação popular fez com que dom Pedro (com grande satisfação) o reconduzisse ao cargo.[15] José Bonifácio não perdeu tempo e em 2 de novembro iniciou uma devassa (que ficaria conhecida como "Bonifácia") contra os liberais que eram acusados de "inconfidência, conjuração e demagogia". Todos que os acusados de conspiração foram presos com a exceção de Gonçalves Ledo e João Soares Lisboa que fugiram para Buenos Aires.[19][20] Com seus inimigos afastados, os Bonifácios acreditaram que estavam finalmente livres para o início de seus projetos de governo. Em 1 de dezembro de 1822 (aniversário da aclamação de dom João IV, primeiro Rei da Casa de Bragança) ocorreu a coroação e sagração de dom Pedro

A Carta promulgada em 1824 foi influenciada pelas Constituições francesa de 1791 e espanhola de 1812. Era um "belo documento de liberalismo do tipo francês", com um sistema representativo baseado na teoria da soberania nacional. A forma de governo era a monárquica, hereditária, constitucional e representativa, sendo o país dividido formalmente em províncias e o poder político estava dividido em quatro, conforme a filosofia liberal das teorias da separação dos poderes e de Benjamin Constant. A Constituição era uma das mais liberais que existiam em sua época, até mesmo superando as europeias. Fora mais liberal, em diversos pontos, e menos centralizadora que o projeto da Constituinte, revelando que os "constituintes do primeiro reinado que estavam perfeitamente atualizados com as idéias da época". Apesar da Constituição prever a possibilidade de liberdade religiosa somente em âmbito doméstico, na prática, ela era total. Tanto os protestantes, como judeus e seguidores de outras religiões mantiveram seus templos religiosos e a mais completa liberdade de culto. Continha uma inovação, que era o Poder Moderador, cujo surgimento na letra da lei fora atribuída a Martim Francisco de Andrada, um grande admirador de Benjamin Constant. Este Poder serviria para "resolver impasses e assegurar o funcionamento do governo". A separação entre o Poder Executivo e Moderador surgiu a partir da prática no sistema monárquico-parlamentarista britânico.

Era uma questão crucial para o Império brasileiro. As monarquias absolutistas europeias eram hostis à independência do Brasil. Os E.U.A. foram o primeiro país a reconhecer o governo brasileiro, em maio de 1824. Alguns meses antes fora divulgada a Doutrina Monroe, pela qual o presidente James Monroe declarava que os E.U.A. não aceitariam qualquer intervenção recolonizadora da Europa no continente americano. Graças à mediação do Reino Unido, em agosto de 1825, a coroa portuguesa reconheceu a independência do Brasil. Em troca, obtinha a condição de "nação mais favorecida" nas transações comerciais e uma indenização no valor de 2 milhões de libras. A Inglaterra também reconheceu a independência do Brasil em 1825. Somente a partir de 1826 a soberania brasileira foi reconhecida pela França, pela Santa Sé e pelas demais nações europeias, concluindo-se a formalização da independência. As repúblicas Latino-americanos, por sua vez, encaravam o Império brasileiro como instrumento dos interesses recolonizadores europeus e condenavam a anexação da Cisplatina (em 1821, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves anexara a Banda Oriental, atual Uruguai, a qual passou a chamar-se Província Cisplatina).

Em março de 1825, uruguaios apoiados pelo governo de Buenos Aires reiniciaram a luta pela independência da Cisplatina. Ocuparam todo o território, com exceção de Montevidéu e Colônia, onde poderosos comerciantes, rivais dos de Buenos Aires, apoiavam a dominação brasileira. Um governo provisório uruguaio decidiu incorporar a Cisplatina à República das Províncias Unidas do Rio da Prata (Argentina). Imediatamente o Brasil declarou guerra à Argentina e bloqueou o porto de Buenos Aires. Em 1828, uma esquadra francesa ocupou a baía de Guanabara. Exigia a suspensão do bloqueio a Buenos Aires e uma indenização pelos prejuízos sofridos pela França com a interrupção do comércio na bacia do Prata. Por intervenção da Inglaterra, a Argentina e o Brasil assinaram, em agosto de 1828, um acordo de paz, pelo qual reconheciam a independência da República Oriental do Uruguai.

Em 1826, Dom Pedro I instalou a primeira Assembleia Geral Brasileira: o Senado, vitalício, e a Câmara dos Deputados, eletiva e temporária. Os deputados, eleitos em 1824, eram em sua maioria abertamente hostis ao autoritarismo do imperador. Queriam um governo parlamentar que ouvisse a Câmara dos Deputados e a ela prestasse conta de seus atos. Por outro lado, o país atravessava crise econômica e financeira. As lavouras tradicionais de exportação estavam em decadência. O açúcar brasileiro, de cana, fora desalojado de seus principais mercados (Europa e E.U.A.) pelo açúcar de beterraba. O algodão nordestino não resistira à concorrência do algodão norte-americano e oriental. O tabaco perdia seus mercados africanos em consequência das restrições impostas pela Inglaterra ao tráfico de escravos. Enquanto isso, cresciam as importações de manufaturados, principalmente ingleses, que levavam o país a gastar mais do que recebia com a exportação de seus produtos agrícolas.

Para agravar a situação, o governo imperial precisou contrair grandes empréstimos com bancos estrangeiros, sobretudo ingleses, a fim de financiar a guerra da Cisplatina e pagar as indenizações que devia a Portugal e à França. Em 1828, o Banco do Brasil foi à falência.

Com a morte de Dom João VI em 1826, Dom Pedro I foi aclamado rei de Portugal com o título de Dom Pedro IV. Pressionado pelos políticos brasileiros, que viam ressurgir a ameaça da recolonização, Dom Pedro abdicou do trono de Portugal em favor de sua filha de sete anos, a princesa Maria da Glória, permitindo que se casasse com o seu irmão Dom Miguel, representante das forças absolutistas portuguesas.

O imperador procurou atenuar a hostilidade da Câmara organizando um novo ministério chefiado pelo Marquês de Barbacena, que contava com a simpatia dos políticos do Partido Brasileiro. A queda desse gabinete, a repercussão das Revoluções Liberais de 1830 e o assassínio do jornalista Líbero Badaró em São Paulo fizeram ferver os ânimos dos liberais.

No Rio de Janeiro, violentas lutas de rua entre brasileiros e portugueses - as Noite das Garrafadas, em 13 e 14 de março de 1831 - colocaram em evidência a impopularidade do imperador. Novo ministério de tendências liberais foi substituído em seguida pelo Ministério dos Marqueses, de tendências absolutistas. A crise culminou em 6 de abril de 1831 com uma grande manifestação popular no Rio de Janeiro, à qual aderiu a guarnição da cidade, comandada pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Na madrugada do dia seguinte, 7 de abril, Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em nome de seu filho de cinco anos, Pedro de Alcântara.

Pedro de Alcântara foi imediatamente aclamado imperador do Brasil, a fim de assegurar a continuidade do regime monárquico. Os deputados e senadores que se encontravam no Rio de Janeiro escolheram três regentes provisórios para governar em nome do soberano, até que a Assembleia apontasse nomes definitivos.

O período regencial foi um dos mais conturbados da história do Brasil. A economia continuou em crise, e o poder central, controlado pelos grandes proprietários rurais do Sudeste, esteve em conflito permanente com as províncias. As lutas por maior autonomia política das províncias ameaçaram dividir o Império em vários países independentes.

O Partido Brasileiro cindiu-se em três correntes. Os liberais moderados (conhecidos popularmente como chimangos ou chapéus-redondos) representavam os fazendeiros do Sudeste e estiveram no poder durante a maior parte do período regencial. Defendiam uma monarquia forte e centralizada. Os liberais exaltados (farroupilhas, jurujubas ou chapéus-de-palha), representantes das classes médias urbanas e dos proprietários rurais das outras províncias, queriam uma monarquia federativa com ampla autonomia provincial. Os mais radicais defendiam uma forma de governo republicana. Os restauradores (caramurus) reivindicavam a volta de Dom Pedro I ao trono brasileiro. Desse grupo participavam comerciantes portugueses, militares, mercenários estrangeiros e importantes políticos do Primeiro Reinado, entre os quais os irmãos Andradas.

Teoria da História


A Teoria da História é um ramo do conhecimento que procura compreender as diversas formulações do conhecimento histórico.

Por não existir uma concepção única e consensual para a análise do passado, as diversas teorias da História alimentam debates constantes entre os defensores de diversas concepções. Entre as principais, relacionam-se:



No século XIX, a aplicação do pensamento formulado por Auguste Comte na área de análise histórica acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar o fator que determinasse a verdadeira história: ela seria algo indiscutível e localizada através dos documentos governamentais que jamais estariam errados, com omissões, ou deturpados. De acordo com tal forma de análise, apenas as histórias militares e políticas teriam importância de serem verificadas. Após a localização dos fatos do passado, deveriam ser criadas leis gerais que explicassem todos os dados coletados. A quantidade de leis deveria ser a mínima possível, até se alcançar uma lei única e universal.

Na verdade, tal posicionamento revela a necessidade de uma pesquisa científica e metódica nas ciências sociais, fruto e tentativa de aplicação do mesmo que ocorre nas demais ciências a partir do século XIX. Até então, as narrativas históricas se limitavam a textos que misturavam credos religiosos com possíveis realidades, impossibilitando de serem separados um do outro, ou mesmo narrativas de pessoas de destaque que tivessem presenciado os ocorridos. (para uma breve problematização desses relatos, veja História Oral).

Atualmente, o positivismo encontra pouca receptividade dos historiadores. No entanto, é digna a sua lembrança já que, pela primeira vez, existe a preocupação de se desenvolver narrativas históricas seguindo determinados critérios.

Trata-se de uma linha historiográfica surgida na França através da revista Annales d'histoire économique et sociale, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre. Os dois autores fundadores de tal publicação achavam insuficientes as formas com que a História era tratada até então. Apesar disso, não foram os primeiros a proporem novas abordagens, nem receberam a fama de forma indevida. Bebendo das fontes de diversos autores, compilam uma forma própria de análise do passado.

Nova História é corrente historiográfica surgida nos anos 1970 e correspondente à terceira geração da chamada Escola dos Annales. Seu nome derivou da publicação da obra "Fazer a História", em três volumes, organizada pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nora, seus principais expoentes na França.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Galeria de Governantes


A Província em Sergipe – (1820 a 1889)

Sergipe alcançou a sua Emancipação Política através de Decreto Real em 08 de julho de 1820, assinado por D. João VI, como resultado da luta empreendida pelos senhores de engenhos e criadores de gado, tendo como seu primeiro Presidente o Brigadeiro Carlos César Burlamaqui, que assumiu e foi deposto em 1821. As circunstâncias em que ocorreu a Independência do Brasil serviram para que D. Pedro I confirmasse e referendasse a Carta Real de 08 de julho. A Constituição do Império, em 1824, colocou Sergipe entre as Províncias do Brasil. O novo Presidente nomeado foi o Brigadeiro Manuel Fernandes da Silveira. Mesmo com protestos da Bahia os sergipanos comemoram a sua liberdade em 24 de outubro, quando efetivamente a Carta Real foi cumprida.


lista de Presidentes



Nome Início do mandato Fim do mandato
Jerônimo Sodré Pereira 1889-07-05 1889-11-15
Francisco de Paula Prestes Pimentel 1888-07-30 1889-07-05
Olímpio Manuel dos Santos Vital 1888-03-19 1888-07-30
Manuel de Araújo Góis 1885-10-27 1888-03-19
Luís Caetano Muniz Barreto 1884-09-07 1885-10-27
Francisco de Gouveia Cunha Barreto 1883-08-25 1884-09-07
José Aires do Nascimento 1882-05-22 1883-08-25
Herculano Marcos Inglês de Sousa 1881-05-18 1882-05-22
Luís Alves Leite de Oliveira Belo 1880-07-28 1881-05-18
Teófilo Fernandes dos Santos 1879-03-10 1880-07-28
Raimundo Bráulio Pires Lima 1878-11-11 1879-03-10
Francisco Ildefonso Ribeiro de Meneses 1878-06-01 1878-11-11
José Martins Fontes 1878-01-01 1878-06-01
Antônio Francisco Correia de Araújo 1877-07-01 1878-01-01
José Martins Fontes 1877-01-10 1877-07-01
João Ferreira de Araújo Pinho 1876-01-01 1877-01-10
Cipriano de Almeida Sebrão 1875-01-01 1876-01-01
Antônio dos Passos Miranda 1874-01-01 1875-01-01
Cipriano de Almeida Sebrão 1873-05-01 1874-01-01
Manuel do Nascimento da Fonseca Galvão 1873-01-01 1873-05-01
Cipriano de Almeida Sebrão 1872-06-01 1873-01-01
Joaquim Bento de Oliveira Júnior 1872-03-01 1872-06-01
Luís Álvares de Azevedo Macedo 1872-01-01 1872-03-01
José da Trindade Prado 1871-09-01 1872-01-01
Dionísio Rodrigues Dantas 1871-07-01 1871-09-01
Antônio Cândido da Cunha Leitão 1871-05-12 1871-07-01
Francisco José Cardoso Júnior 1869-12-02 1871-05-11
Dionísio Rodrigues Dantas 1869-11-07 1869-12-02
José da Trindade Prado 1869-06-15 1869-11-07
Evaristo Ferreira da Veiga 1868-11-27 1869-06-15
José da Trindade Prado 1868-08-18 1868-11-27
Antônio de Araújo Aragão Bulcão 1867-10-21 1868-08-18
José Pereira da Silva Moraes 1866-02-01 1867-10-19
Ângelo Francisco Ramos 1866-01-23 1866-02-01
Antônio Dias Coelho e Melo 1865-11-05 1866-01-23
Cincinato Pinto da Silva 1864-06-21 1865-11-05
Antônio Dias Coelho e Melo 1864-02-24 1864-06-21
Alexandre Rodrigues da Silva Chaves 1863-07-31 1864-02-24
Antônio Dias Coelho e Melo 1863-06-30 1863-07-31
Ângelo Francisco Ramos 1863-06-22 1863-06-30
Joaquim José de Oliveira 1863-06-13 1863-06-20
Joaquim Jacinto de Mendonça 1861-06-01 1863-06-13
Joaquim Tibúrcio Ferreira Gomes 1861-03-26 1861-06-01
Tomás Alves Júnior 1860-08-15 1861-03-26
Manuel da Cunha Galvão 1859-03-07 1860-08-15
João Dabney de Avelar Brotero 1857-08-05 1859-03-07
José da Trindade Prado 1857-04-11 1857-08-05
Salvador Correia de Sá e Benevides 1856-02-27 1857-04-01
João Gomes de Melo 1855-09-25 1856-02-27
José da Trindade Prado 1855-09-04 1855-09-25
Inácio Joaquim Barbosa 1853-11-22 1855-09-03
Luís Antônio Pereira Franco 1853-07-14 1853-11-21
José Antônio de Oliveira Silva 1851-07-19 1853-07-14
Amâncio João Pereira de Andrade 1849-12-17 1851-07-19
Zacarias de Góis e Vasconcelos 1848-04-28 1849-12-16
Joaquim José Teixeira 1847-10-18 1848-04-28
José Ferreira Souto 1846-10-30 1847-10-16
Antônio Joaquim Álvares do Amaral 1845-05-15 1846-10-29
José de Sá Bitencourt Câmara 1844-07-15 1845-04-14
Manuel Vieira Tosta 1844-02-17 1844-07-14
Anselmo Francisco Peretti 1842-12-28 1844-02-16
Sebastião Gaspar de Almeida Boto 1842-01-01 1842-12-27
João Pedro da Silva Ferreira 1841-01-01 1841-12-30
Venceslau de Oliveira Belo 1840-01-01 1840-12-30
Joaquim José Pacheco 1839-01-01 1839-12-30
Sebastião Gaspar de Almeida Boto 1838-06-06 1838-10-05
José Elói Pessoa 1838-01-01 1838-06-06
Bento de Melo Pereira 1836-03-09 1838-01-01
Manuel Ribeiro da Silva Lisboa 1835-02-13 1836-03-08
José Joaquim Geminiano de Morais Navarro 1833-10-29 1835-02-12
Joaquim Marcelino de Brito 1831-01-16 1833-10-28
Inácio José Vicente da Fonseca 1828-02-20 1831-01-15
Manuel Clemente Cavalcanti de Albuquerque 1825-02-15 1828-02-19
Manuel Fernandes da Silveira 1824-03-05 1825-02-14
José Mateus da Graça Leite Sampaio 1823-09-17 1824-09-17


A República em Sergipe – (1889 até os dias de hoje)

Com a Proclamação da República, em 1889, a Província de Sergipe passa a ser um dos Estados da Federação, tendo sua primeira Constituição promulgada em 1892. Neste período, duas juntas provisórias ocuparam o governo, até que no 13 de dezembro, assume Felisberto Freire, vindo a se tornar o primeiro governador de Sergipe. A República não trouxe para Sergipe mudanças estruturais na sociedade. Logo depois de consolidado o movimento, as oligarquias aderiram e legitimaram o novo regime, apesar de o novo ordenamento político ter trazido modificações institucionais significativas.


Ver lista de Governadores



Nome Início do mandato Fim do mandato
Marcelo Déda Chagas 2007-01-01 2010-12-31
João Alves Filho 2003-01-01 2006-12-31
Albano do Prado Pimentel Franco 1999-01-01 2002-12-31
Albano do Prado Pimentel Franco 1995-01-01 1998-12-31
João Alves Filho 1991-03-15 1994-12-31
Antonio Carlos Valadares 1987-03-15 1991-03-14
João Alves Filho 1983-03-15 1987-03-14
Djenal Tavares Queiroz 1982-05-14 1983-03-14
Augusto do Prado Franco 1979-03-15 1982-05-13
José Rollemberg Leite 1975-03-15 1979-03-14
Paulo Barreto de Menezes 1971-03-15 1975-03-14
João de Andrade Garcez 1970-06-04 1971-03-14
Lourival Baptista 1967-01-31 1970-05-14
Sebastião Celso de Carvalho 1964-04-01 1967-01-30
João de Seixas Dória 1963-01-31 1964-04-01
Dionízio de Araújo Machado 1962-07-06 1963-01-30
Luiz Garcia 1959-01-31 1962-07-05
Leandro Maynard Maciel 1955-01-31 1959-01-30
Arnaldo Rollemberg Garcez 1951-03-12 1955-01-30
Edelzio Vieira de Melo 1951-02-17 1951-03-11
José Rollemberg Leite 1947-03-29 1951-01-31
Joaquim Sabino Ribeiro Chaves 1947-01-30 1947-03-28
Antonio de Freitas Brandão 1946-03-31 1947-01-29
Hunald Santaflor Cardoso 1945-11-05 1946-03-30
Francisco Leite Neto 1945-10-27 1945-11-04
Augusto Maynard Gomes 1942-03-27 1945-10-26
Milton Pereira de Azevedo 1941-07-01 1942-03-26
Eronídes Ferreira de Carvalho 1935-04-02 1941-06-30
Augusto Maynard Gomes 1930-11-16 1935-03-28
Manoel Correia Dantas 1927-01-30 1930-10-17
Francisco de Souza Porto 1927-01-09 1927-01-29
Manoel Correia Dantas 1926-12-05 1927-01-08
Ciro Franklin de Azevedo 1926-11-06 1926-12-04
Maurício Graccho Cardoso 1922-10-24 1926-10-24
José Joaquim Pereira Lobo 1918-10-24 1922-10-23
Manoel Prisciliano de Oliveira Valadão 1914-10-24 1918-10-23
Pedro Freire de Carvalho 1914-07-29 1914-10-24
Antônio José de Siqueira Menezes 1911-10-24 1914-07-28
José Rodrigues da Costa Dória 1908-10-24 1911-10-23
João Maria Loureiro Tavares 1906-08-10 1906-08-28
Guilherme de Souza Campos 1905-10-24 1908-08-23
Josino Odorico de Menezes 1902-10-24 1905-10-23
Olímpio de Souza Campos 1899-10-24 1902-10-23
Apulcro Mota Rabelo 1898-08-14 1899-10-23
Martinho César da Silveira Garcez 1896-10-24 1898-08-13
Antônio Leonardo da Silveira Dantas 1896-10-06 1896-10-23
Antonio de Siqueira Horta 1896-09-04 1896-10-05
Antônio Leonardo da Silveira Dantas 1896-07-28 1896-09-03
Manoel Prisciliano de Oliveira Valadão 1894-10-24 1896-07-28
João Vieira Leite 1894-09-14 1894-10-24
José Calasans 1892-05-18 1894-09-13
Felisbelo Firmo de Oliveira Freire 1889-12-13 1890-08-17

O Palácio - História


Quem conhece Sergipe certamente já ouviu falar da importância histórica, política e cultural do Palácio Olímpio Campos - um dos mais importantes patrimônios do estado. Idealizado na época do Brasil Império, inicialmente, pelo então Presidente de Sergipe, Dr. Salvador Correia de Sá, em 1856, o “Palácio Provincial” seria criado para funcionar como sede do Governo do Estado e residência do governador na capital sergipana, tendo em vista que a mesma já havia sido transferida de São Cristóvão para Aracaju. Este projeto, de autoria dos engenheiros Francisco Pereira da Silva e Sebastião Pirro, não foi aprovado naquela época e, posteriormente, em outras gestões, foram apresentadas novas propostas para a construção do Palácio, mas que também não obtiveram êxito.

Na presidência do Dr. Manuel da Cunha Galvão foi elaborado um novo projeto, também de autoria de Francisco Pereira da Silva, que foi, finalmente, aprovado pelo Governo Imperial. Este projeto sofreu alterações com a construção de um pavimento superior, tornando-se mais adequado às necessidades funcionais da sede do Governo Provincial. No pavimento térreo funcionariam as Secretarias de Governo e no pavimento superior, a sala de despachos e a residência do governador. Essas obras foram iniciadas em 1859 e concluídas em 1863, na presidência do Dr. Joaquim de Mendonça.

Somente em 12 de julho de 1954, através da Lei nº 575, no governo de Arnaldo Garcez, o casarão foi denominado “Palácio Olímpio Campos”, em homenagem ao jornalista, professor e sacerdote Monsenhor Olympio de Souza Campos, cuja personalidade política ganhou destaque em todo território nacional, especialmente como deputado federal, presidente do estado e senador, até meados de 1906 – ano do seu falecimento. Mais de cento e vinte anos após a sua inauguração, em 1985, o Palácio Olímpio Campos foi tombado, através do decreto nº 6.818 de 28 de janeiro, por ser um dos mais significativos monumentos da arquitetura oficial e importante referencial da história política e da cultura sergipanas.

Palácio-Museu


A definição de casa-museu ou palácio-museu prevê a proteção da propriedade natural ou cultural, móvel ou imóvel, em seu local original, ou seja, preservada no local em que tal propriedade foi criada ou descoberta. Para que isso aconteça é necessário promover a restauração do patrimônio e utilizá-lo com fins didático-pedagógicos e culturais.

Pensando nisso, a atual gestão do Governo de Sergipe, desenvolveu o projeto do "Palácio-Museu Olímpio Campos", preservando a originalidade da obra e da memória sergipana. O Palácio-Museu Olímpio Campos possui áreas de acesso público, que contam a história política e cultural do monumento e da República de Sergipe, e áreas de acesso restrito, que funcionam para a administração do palácio, reuniões de trabalho e solenidades com autoridades.

Além disso, o Palácio-Museu Olímpio Campos promove eventos abertos ao público, a exemplo de exposições fotográficas, mostras de artistas, lançamentos de livros, entre outros. O novo projeto disponibiliza também serviços de guia para visitação, curadoria, pesquisa, documentação histórica, cafeteria e livraria etc.